sexta-feira, 15 de julho de 2011

O que eu achei de "Noite sobre as águas"




"Noite sobre as águas" não é o mais brilhante trabalho de Ken Follet nem traz nada de novo ao seu histórico mas, ainda assim, consegue ser apaixonante e viciante - o que não é propriamente surpreendente no autor. Follet é um contador de histórias nato, daqueles que conseguem tornar o banal em cativante. Hábil na construção de personagens, Follet tem o vício dos amores líricos dos contos de fadas e das mulheres fortes e determinadas; há sempre uma que é também empresária. Mesmo no século XII.

Em "Noite sobre as águas" viajamos num luxuoso hidroavião que parte de Southampton em direcção a Nova Iorque logo após a declaração de guerra do Reino Unido à Alemanha. Fascistas, judeus, ladrões, prisioneiros, amantes em fuga e irmãos em guerra são apenas alguns dos privilegiados passageiros que dão cor à história, num mar de dramas familiares, tensões amorosas e puro desespero. É uma história previsível mas tão rica de singularidades e individualidades que que ficamos ali colados ao "é só mais este capítulo". Recomendo-o vivamente. O livro mas, principalmente, o autor.

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