quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

gostos

tentei ensinar a minha filha de 8 meses a rasgar páginas de revistas para se divertir mas ela prefere tentar comê-las.

aprender

mais sobre a nossa máquina fotográfica e o que podemos fazer com ela, pode ser feito aqui.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

chores chart

quando era miúda achava a ideia horrível, que só pais déspotas poderiam impor aos filhos. Devo ter virado um desses pais porque no sábado sentei-me com os meus filhos, acordámos uma série de tarefas e lá as fomos distribuindo por dias e alternando entre os dois quando era  caso disso. Como meter a mesa ao almoço ou ao jantar. Não é nada que eles não fizessem antes mas agora surge com uma aura de regra. E o mais giro é que ambos perceberam que o fazem porque "a casa é de todos" e "temos todos de ajudar".

É isso. Foi exactamente o que me moveu.

Ainda posso explorar um pouco mais e incluir as rotinas diárias mas, espero, acho que demos um importante passo na formação deles: estamos a (tentar) incutir responsabilidade.

domingo, 9 de janeiro de 2011

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

«Ontem, uma mãe lavada em lágrimas veio ter comigo à porta da escola. Que não tinha um tostão em casa, ela e o marido estão desempregados e, até ao fim do mês, tem 2 litros de leite e meia dúzia de batatas para dar aos dois filhos.
Acontece que o mais velho é meu aluno. Anda no 7.º ano, tem 12 anos mas, pela estrutura física, dir-se-ia que não tem mais de 10. Como é óbvio, fiquei chocado. Ainda lhe disse que não sou o Director de Turma do miúdo e que não podia fazer nada, a não ser alertar quem de direito, mas ela também não queria nada a não ser desabafar.
De vez em quando, dão-lhe dois ou três pães na padaria lá da beira, que ela distribui conforme pode para que os miúdos não vão de estômago vazio para a escola. Quando está completamente desesperada, como nos últimos dias, ganha coragem e recorre à instituição daqui da vila – oferecem refeições quentes aos mais necessitados. De resto, não conta a ninguém a situação em que vive, nem mesmo aos vizinhos, porque tem vergonha. Se existe pobreza envergonhada, aqui está ela em toda a sua plenitude.
Sabe que pode contar com a escola. Os miúdos têm ambos Escalão A, porque o desemprego já se prolonga há mais de um ano (quem quer duas pessoas com 45 anos de idade e habilitações ao nível da 4ª classe?). Dão-lhes o pequeno-almoço na escola e dão-lhes o almoço e o lanche. O pior é à noite e sobretudo ao fim-de-semana. Quantas vezes aquelas duas crianças foram para a cama com meio copo de leite no estômago, misturado com o sal das suas lágrimas…
Sem saber o que dizer, segureia-a pela mão e meti-lhe 10 euros no bolso. Começou por recusar, mas aceitou emocionada. Despediu-se a chorar, dizendo que tinha vindo ter comigo apenas por causa da mensagem que eu enviara na caderneta. Onde eu dizia, de forma dura, que «o seu educando não está minimamente concentrado nas aulas e, não raras vezes, deita a cabeça no tampo da mesma como se estivesse a dormir».
Aí, já não respondi. Senti-me culpado. Muito culpado por nunca ter reparado nesta situação dramática. Mas com 8 turmas e quase 200 alunos, como podia ter reparado?
É este o Portugal de sucesso dos nossos governantes. É este o Portugal dos nossos filhos.»

O tempo parado

Eu já era fã do Like mom Like dad e do Young me Now me mas acho que o Awkward Family Photos os bate aos pontos. É a delícia das imagens com o sublinhar dos comentários.

Morar em lugares pequenos

Coisas más : fui a uma loja de roupa às 10h30 sabendo que, apesar da abertura ser às 9h, ela só abria por volta das 10h. Chegou às 11h. Na boa...

Coisas boas : trazer duas peças para experimentar em casa. "Não se preocupe, à tarde ou vem pagar ou vem devolver".

(é a loja das coisas de marca cá do sítio. Diz que só por passear um saco na rua se adquire logo um estatuto... Os meus foram passear o estatuto para o ecoponto)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

é uma árvore, certo?

A única coisa verde que tenho na minha sala é a árvore de Natal. É uma sala que há-de ter um limoeiro e outras plantas mais pequenas mas que, por ora, se contenta com um pinheiro artificial. Dos grandes e frondosos. Compõe a sala e a vista e eu estou algo reticente em arrumá-la por mais 11 meses. Podia aproveitá-la para a ir decorando conforme a estação. No inverno com estrelas de papel, na primavera cheia de flores e pássaros de origami, no verão com... coisas coloridas... e por aí fora. Olha, por exemplo, enchia-a de ovos na páscoa.

É que depois de arrumada vai ficar ali um espaço tão vazio... E é só uma árvore, certo? Posso fazer de Mãe Natureza dela, não posso?

É cá um desperdício...

concretizar

uma das ideias para este ano era organizar-me. Assim à séria, com dossier e capas para tudo: orçamento familiar, receitas, irs, coisas para tratar, etc.

A melhor parte deste monstro de comando que criei é uma espécie de agenda diária com espaço para os telefonemas a fazer, as tarefas domésticas, pessoais, de trabalho, de finanças, o menu... o meu dia está ali. O meu e o do Ricardo que todas as manhãs acrescenta uma série de coisas (que tendo a esquecer de outra forma - como ir aos correios, por exemplo) quer para mim quer para ele. E só por isto sinto que a minha cabeça fica mais livre, menos cheia de listas mentais que caem sabe-se lá para onde. Só tenho de ir lá e meter cruzes no que está feito. É bom, é simples e resulta.

Não está a começar mal: o meu primeiro projecto do ano está concretizado. O outro é terminar as prendas de Natal. De 2010, entenda-se. (exacto)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

programa alternativo

era suposto ser um dia de pijama, de aproveitar o terraço e de pendurar quadros mas o 2 de janeiro foi passado no hospital. A Carolina andava há 2 dias com febres de 40º e começava a recusar comida. Ainda assim, e apesar de estar na urgência pediátrica, havia que me perguntasse se estava ali por causa da minha garganta. "Não, não, isto foi por ter estado a cantar até às 6 da manhã".

Muito bom o ar de "então é bem feito"

E a piccola Kiki tem uma infecção urinária. Dizem.

para onde foi?

Estava tão convencida que o meu novo estatuto de dondoca  stay@home mum me ia dar mais tempo para escrever, pensar, babar-me mas dou por mim a escrever aqui de fugida, a não conseguir sequer passar as fotos da máquina para o computador... sei o que fiz porque mantenho uma to-do list mas algo me diz que isto devia ser mais... fluido.

domingo, 2 de janeiro de 2011

One little word

Encontrei o desafio no site da Ali Edwards e o que me fez ler o post completo foi a palavra que a imagem mostrava: light. Na nossa língua materna, esta é a minha palavra preferida. Não pelo som (prefiro outras, como alguidar) ou pela grafia (ainda que aquele 'z' no fim me mate) mas pelo que encerra: em casa, na rua, depois de chover, ao amanhecer, em fotografias, dentro de nós. Mas aquela não era a minha palavra; ainda não.

A minha palavra surgiu-me algures ao comer as 12 uvas (não gosto de passas) e soube imediatamente que ia ter de dar o litro em 2011 para a honrar. Concretizar é a palavra e começa por coisas simples como este blog.